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domingo, 23 de agosto de 2015

riscos





Auto-retrato

fôlego



Há poucos meses comecei a pintar. Antes apenas desenhava e tinha preconceito com a pintura, a achava séria demais. O peso da tradição da pintura me intimidava. Mas, então, criei coragem de assumir minhas dificuldades e experimentei. Fiquei fascinada com a experiência! Desde cheiros, cores, massas, tempo, tudo! Ainda estou fazendo exercícios que não uso o branco (só a tela), nem comprei tubo de tinta branco. É incrível descobrir cores! Quero treinar meu olho muito mais, com o tempo nosso olhar se amplia!
 - Essa é a primeira pintura que faço sem nenhuma supervisão da professora e que o resultado me agradou. Fiz de imaginação. Um modelo faz falta hehe .. Claro que na próxima aula levarei a pintura e pedirei orientação da professora para melhorá-lo. O olhar muito mais experiente dela com certeza me ensinará bastante. Quando tiver a nova versão, orientada, coloco neste mesmo post. Será interessante pra mim ver os erros corrigidos e comparar o antes e depois. É maravilhoso contar com orientação de um olhar mais experiente, que aponta fraquezas a serem trabalhadas! Errar e, consequentemente, aprender.

esquina



domingo, 16 de agosto de 2015

Diva


acrílica em papel.

Revisitando antigos desenhos...

sexta-feira, 14 de agosto de 2015



Estava treinando desenho de observação com lápis a partir de um objeto qualquer, no caso, prendedor de roupas.. Então pensei na frase "Para que o vento não leve pra longe", escrevi no desenho. Fiz um segundo desenho do objeto, desta vez a frase ficou "Para o vento não levar embora". Passou alguns dias, tinha gostado da frase com o desenho e pensei que deveria fazer de novo pra treinar aquarela, mas desta vez a frase ficou diferente, tinha pensado em escrever simplesmente "Prende Dor". Continuei pensando e então ficou "PrendeDor que o vvento leve leve leve" mas quando desenhei resolvi simplicar para "prendeDor que vento leve, leve."... Quando percebi as sucessivas mudanças da frase, percebi que tem a ver com o processo de lidar com alguma mágoa, no começo é algo duro, que prende, a gente se apega e não suporta perder, mas com o tempo, a gente deixa ir embora e até fica mais leve hehe 

achei interessante a evolução/sucessão das frases que sugiram espontaneamente:

Prendedor
Para que o vento não leve pra longe
Para o vento não levar embora
Prende Dor
que o vvento leve leve leve
que vento leve, 
                         leve.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

11h52


Decidi levar a camera sempre comigo. Mas mesmo que eu queira tirar uma foto, não tenho tempo de parar pois estou sempre de um lugar a outro e, claro, atrasadíssima. Atraso-me pois onde estou sempre me convida a aproveitar mais do instante vivido.
Essa foto foi tirada numa trajetória em que estava atrasada mas, mesmo assim, parei e esperei alguem passar no ponto em que queria do enquadramento. É um sentimento de caça esse de aguardar pra capturar o clique desejado. 
Espelhos em fotos sempre me atraem, especialmente os da arquitetura urbana. Eles me lembram esse nosso tempo tão Narcísico. O pixo também me atrai, me faz pensar na relação do homem com seu espaço, uma maneira de apropriar-se e de mostrar-se, expressão e contestação do conflito entre pessoa e o mundo que habita. Mas, mesmo com tantos espelhos e marcas expressivas, na cidade (e na vida) somos sempre mais um, dentre tantos, que passa.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

fronteira




Não sou das mais chegadas em psicanálise (sou cética demais para isso), mas  hoje, em uma palestra de um lacaniano francês no Instituto de Psicologia da USP, onde estudo, dentre muitas coisas que considero "viagem na maionese" (e preconceitos, misoginias e falta de sensibilidade sociológica , histórica, antropologica e falta de conhecimento neurocientifico também), ele disse uma coisa muito bonita (e bastante psicanalílitica!), que gostei. Achei poético e boa fonte para se criar imagens:

" (...) A distinção entre um interior e um exterior (entre o eu e a realidade do mundo externo) se faz sobre a experiência de perda de um objeto de satisfação (...). A gênese desta fronteira entre Ego e mundo exterior é tributária da experiência feita pelo bebê sobre seu objeto de prazer, como seio, está fora de seu eu-prazer e que seu encontro necessita de uma ação específica (...). Na prática terapêutica, se quisermos encontrar a relação subjetiva de um sujeito com o limite, é necessário escutar suas práticas de si e tentar entender a presença, ou não, da experiência da Falta" 

Achei bonita essa inauguração do limte entre o eu e a realidade exterior como a experiência de uma Falta...
Saindo mais cedo da palestra, ao quase chegar em casa, tirei essas duas fotos.